Certa vez um rei muito amoroso, perdera sua esposa vitima de grave doença. Sem conseguir superar a perda da amada, mergulhou em profunda depressão. E acabou esquecendo de suas obrigações com seu povo e conseqüentemente esquecera também de sua filha. Passava maior parte de seu tempo encolhido em seu mundo sem nenhuma motivação pra vida.
Dia após dia sua saúde se definhava pela falta de alimentação e de exercícios físicos, pois não mais saia de seus aposentos.
Sua filha de nove anos que já havia perdido sua mãe não queria perder também seu amado pai. E todas as manhas se dirigia ate seu quarto com noticias do reino, falava de coisas do cotidiano, na esperança de animar seu pobre pai, mas era tudo em vão.
Após meses de sofrimento o rei pediu que trouxessem sua filha e com muito cuidado a contou que desistira da vida e de uma maneira carinhosa, talvez pensando amenizar a dor da menina, apontou pra uma figueira que fazia sombra a sua janela, era outono e as folhas caiam devagar.
Então disse: _filha ta vendo essa árvore, suas folhas cessam dia a dia assim como minha vida, sinto que assim como elas meus dias esta chegando ao fim. Então quero que saiba que assim que a ultima folha dessa figueira cair, partirei dessa vida também.
E assim foi, como se fosse real a medida que as folhas caiam , a saúde de seu pai piorava. Sem saber o que fazer e sem querer perder também seu pai, ela fez seu pai prometer que não morreria enquanto houvesse uma única folha na figueira. ele assim o fez.
As folhas caiam rapidamente, a menina então teve uma brilhante idéia, enquanto seu pai dormia, ela foi até a vidraça da janela e com um potinho de tinta verde pintara uma folhinha verde na janela, que de inicio se misturou nas demais.
Como o passar dos dias quase já não havia mais folha na figueira, mas a folhinha verde permanecia. E dias depois já não mais existiam folha alguma, só a tal folhinha. Se pai olhava fixamente pra ela e não compreendia o porquê só restou aquela, mas sua filha não o deixava esquecer de sua promessa.
Veio então rigoroso inverno e como por milagre a folhinha permanecia.
Seu pai sem poder quebrar a promessa, permaneceu vivo, mesmo sem entender o por quê.
O inverno então se foi e deu espaço pra primavera, que trouxe com ela novas folhas e como mágica a saúde de seu pai. Que parecia renascer juntamente com cada folha. E por fim sua folhinha já não mais era vista em meio às outras.
A vida voltou ao corpo de seu pai e a menina viu que nunca pode desistir de alguém que se ama. E seu pai agradeceu por sua pequena nunca ter o deixado desistir da vida, já que a vida é o maior presente se pode ter. Então nunca deixe que ninguém então desista da vida, enquanto existir uma folhinha de vida, ainda existirá esperanças.